Muitos médicos e dentistas enfrentam a dúvida: atuar como pessoa física (autônomo), como pessoa jurídica (PJ) ou como empregado sob regime CLT. A decisão influencia diretamente tributos, obrigações contábeis, fluxo financeiro e liberdade profissional. Neste post, vamos analisar os prós e contras de cada regime, e mostrar em quais cenários cada modelo costuma fazer mais sentido para profissionais da saúde.
Índice
ToggleDiferenças entre os regimes de atuação
Autônomo (Pessoa Física)
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O profissional presta serviços de forma independente, sem CNPJ, emitindo recibos ou RPA (quando cabe).
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Não há obrigações societárias ou contábeis complexas — a tributação é feita via declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e contribuição previdenciária.
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Ideal para quem faz atendimentos esporádicos ou ainda não decidiu abrir sua própria clínica.
PJ (Pessoa Jurídica)
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Profissional ou sociedade abre um CNPJ — clínica ou consultório — e emite notas fiscais pelos serviços prestados.
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Permite enquadramento tributário como empresa (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real), o que pode reduzir a carga tributária dependendo da estrutura e faturamento. amplimed.com.br+2Medway+2
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Facilita a organização financeira, separação de contas pessoais e da clínica, emissão de notas fiscais, contratação de funcionários ou sócios, se for o caso. Suprema Contabilidade+2Portal Telemedicina+2
CLT (Emprego como funcionário de clínica, hospital ou instituição)
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O profissional é contratado sob regime CLT, com carteira assinada; recebe salário, benefícios e encargos trabalhistas.
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Não há preocupações contábeis, emissão de notas ou obrigações de empresa — contabilidade é da instituição.
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Indicado para quem prefere estabilidade, não deseja lidar com burocracia contábil ou gestão de clínica, e busca rotina mais previsível.
Prós e contras de cada modelo para o setor da saúde
Autônomo
Vantagens:
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Simplicidade administrativa, sem necessidade de abrir empresa.
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Ideal para atendimento avulso, trabalho em múltiplos locais ou início de carreira.
Desvantagens:
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Tributação de pessoa física costuma ser elevada, sem benefícios de deduções empresariais.
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Difícil escalabilidade — para aumentar, pode haver limitações operacionais e tributárias.
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Impossibilidade de emitir nota fiscal como empresa, o que pode limitar contratos com convênios ou instituições.
PJ
Vantagens:
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Potencial para menor carga tributária (sobretudo se a estrutura de custos e faturamento estiver bem organizada). Suprema Contabilidade+2Medway+2
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Separação clara entre finanças pessoais e da clínica; profissionalismo e formalização.
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Flexibilidade para contratar funcionários, expandir a clínica, emitir notas fiscais e operar como empresa legalmente estruturada.
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Maior controle contábil, oportunidades de planejamento fiscal e gestão financeira eficiente. Dr. Finanças+2Portal Telemedicina+2
Desvantagens:
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Exige contabilidade estruturada, obrigações fiscais, declarações, impostos e carga administrativa maior.
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Para clínicas pequenas ou com baixa demanda, custo administrativo pode tornar o regime menos vantajoso.
CLT
Vantagens:
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Estabilidade, previsibilidade de renda, benefícios trabalhistas.
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Sem burocracia contábil ou necessidade de gestão empresarial.
Desvantagens:
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Menor autonomia; vinculação a horários, contratos e instituição.
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Limitação da liberdade de atuação e crescimento independente.
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Impossibilidade de usufruir benefícios fiscais e tributários disponíveis para empresas (se a intenção é abrir consultório próprio).
Em que situações cada regime tende a fazer mais sentido
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Profissional autônomo: ideal se você trabalha esporadicamente, ainda testa a ideia de consultório próprio ou não tem volume de atendimentos suficiente para justificar empresa.
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PJ (consultório/clínica própria): indicado para quem busca formalização, pretende atender diretamente pacientes ou convênios, deseja emitir notas, pensa em expandir, ou já tem fluxo de atendimentos razoável.
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CLT: recomendado para quem busca menor risco, estabilidade, não quer lidar com burocracia, ou prefere atuar em ambiente hospitalar ou de terceiros.
O papel da contabilidade especializada na escolha do regime
Optar por PJ ou abrir uma clínica exige análise cuidadosa de faturamento, estrutura de custos, projeção de demanda e planejamento tributário. Uma contabilidade especializada para profissionais da saúde sabe lidar com as particularidades do setor — múltiplas fontes de receita, convênios, emissão de notas, obrigações acessórias e regimes tributários adequados. amplimed.com.br+2Gestão Contadores+2
Essa avaliação técnica torna a decisão mais segura, evita erros fiscais e maximiza a rentabilidade da prática médica ou odontológica.
Considerações finais
Não há um regime de trabalho universalmente “melhor” para todos os médicos e dentistas — a escolha depende da sua realidade, perfil de atendimento, volume de atendimentos e objetivos profissionais. Autônomo oferece simplicidade; CLT, estabilidade; PJ, potencial de crescimento, formalização e eficiência tributária.
Se você planeja abrir sua clínica ou migrar para PJ, vale a pena contar com uma contabilidade especializada — como a ContCare — para avaliar seu caso e orientar a melhor estrutura desde o início.
Entre em contato com a ContCare e receba uma análise personalizada sobre qual regime de trabalho mais convém para você.




